o quadro de crise geral do capitalismo repercute-se no aumento cavado das desigualdades e assimetrias no mundo. o que também significa que os efeitos da crise se têm refletido de forma díspar entre países e regiões. por luís carapinha
no caso particular da América Latina, o arrefecimento e contração das principais economias da região é bem ilustrativo dos efeitos adversos da presente conjuntura e das fragilidades de um modelo de crescimento em grande medida ancorado na alta das exportações e dos preços das matérias-primas (o desaceleramento econômico e a quebra das importações chinesas contribuem para a situação, embora, globalmente, convenha ter presente que a taxa de crescimento do PIB da 2.ª maior economia mundial se conserva acima do dobro da dos EUA). na Venezuela, por exemplo, com o barril de crude a transacionar-se, inclusive, abaixo dos 40 dólares, as contribuições fiscais da petrolífera estatal baixaram para metade no espaço de um ano. é contando – e operando – com a ação destes fatores, que os EUA e as forças do grande capital prosseguem a sua vastíssima contraofensiva, visando quebrar os processos populares e progressistas no subcontinente e desarticular os espaços regionais de integração e cooperação soberanas que desafiam o domínio imperialista.
a estratégia e ação conspirativa dos paladinos contemporâneos – que já não se assumem como tal – da doutrina Monroe não produziu os efeitos esperados em mais de década e meia de ascenso de governos progressistas e avanços libertadores na América Latina. desde a vitória de Chávez, em 1998, nenhum governo progressista foi afastado do poder por via eleitoral. nas Honduras e Paraguai a via golpista foi consumada, mas as tentativas de golpe de estado na Venezuela, Bolívia e Equador fracassaram.ler artigo completo
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