tornou-se uma questão de saúde pública, não a doença de alzheimer mas também as restantes demências. sabe-se que em cada 24 segundos há um novo cado de demência na europa. todos os anos aparecem 1,4 de pessoas desenvolvem demência a. em Portugal estima-se que hajam 153 mil pessoas com demência e destas 90 são com alzheimer. marsuilta apresenta um artigo de Laura Brito
mestre em psicologia clinica e da saúde.
Os sintomas são variados e incluem a desorientação espaciotemporal e a inabilidade para realizar as tarefas do quotidiano. Nos estágios iniciais, pode estar comprometida apenas a memória. Nos estágios mais avançados, a doença evolui para mudanças na personalidade, alterações de comportamento e agressividade.
- A fase inicial que dura em média de dois a quatro anos. É marcada pela perda lenta e gradual da memória recente. As alterações comportamentais acompanham esta evolução, havendo dois tipos de comportamento: apatia, passividade, desinteresse, e outro marcado pela agressividade, a irritabilidade, o egoísmo, a intolerância e a agressividade. Nos casos de apatia é importante o diagnóstico diferencial com a depressão. Alterações da memória e desorientação espacial podem causar estados depressivos e desinteresse por atividades até então normalmente praticadas.
- A segunda fase evolui entre três a cinco anos, sendo que se agravam os sintomas da fase anterior. Relaciona-se com o comprometimento das áreas corticais do lobo temporal, afetando atividades instrumentais e operativas.
Iniciam-se as dificuldades motoras, instalam-se afasias (perda quase total da capacidade de expressão de palavras como símbolos do pensamento), apraxias (impossibilidade de executar movimentos coordenados como marcha, escrita) e as agnosias (incapacidade de identificar objetos pelas suas caraterísticas). A marcha pode se apresentar prejudicada, os movimentos lentificados e emagrecimento. As queixas de roubos de objetos pessoais, a desorientação no espaço e tempo e a dificuldade em reconhecer familiares, tornam-se comuns. A presença de delírios, alucinações e agitação psicomotoras são mais frequentes.
Os doentes perdem a capacidade de ler e entender o que lhes é solicitado. Manifestam a repetição de palavras ou frases curtas e desordenadas. A iniciativa se torna quase ausente, o vocabulário restrito, o pensamento abstrato ausente. É comum perderem-se mesmo dentro de casa. Instala-se um total estado de dependência. - Uma terceira fase é caracterizada pela memória de longo prazo bem prejudicada, capacidade intelectual e iniciativas deterioradas. O doente torna-se indiferente ao meio. Estabelece-se um estado de apatia, de prostração ao leito ou à poltrona. O mutismo e o estado vegetativo se concretizam e ocorre a perda de autonomia total.
- Manter as capacidades;
- Promover o bem-estar;
- Promover a ocupação e o envolvimento social.
É fundamental conhecer atempadamente o diagnóstico, pois quer a pessoa com demência, quer a sua família encontram uma explicação para o que as atormenta. É sempre mais fácil lidar com o que se conhece do que com o desconhecido.
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