E entretanto ficam só as palavras, como vozes longínquas que teimosamente vão mordendo o silêncio que o tempo em si arrasta. (foto bernardo sasseti)
RECORDAR PARA MELHOR COMPREENDER
RECORDAR PARA MELHOR COMPREENDER
Bob Dylan: compositor, tocador, cantor e escritor
E por tudo isto é também o primeiro nobel da literatura a receber semelhante distinção no mundo da música. Robert Allen Zimmerman, é o seu nome de nascença, mas desde cedo quis ser Bob Dylan em homenagem ao poeta Dylan Thomas, de quem devorava todos os poemas que dele apareciam. De Minnesota deu o salto para Nova Yorque onde conheceu o cantor-activista Woody Guthrie. Cantou-o até mais não e aos poucos entrou no estilo dos blues e do folk. Como ele próprio afirmou "quem quer compor canções deveria escutar tanta música folk, estudar a sua forma e estrutura e todo o material que existe desde há 100 anos". A Academia Sueca concedeu a distinção ao músico “por ter criado uma nova expressão poética dentro da grande tradição americana da canção”. E bem pode dizer-se que está certa a academia pois é o mesmo Bob Dylan que se gosta de ver pertencente a uma irmandade de escritores cujas suas raízes estão no country puro, no blues e na estirpe folk de Guthrie, da família Carter, Robert Johnson y dezenas de "baladistas" escoceses e ingleses.
Marsuilta associa-se à distinção da academia sueca e traz à memória letras de várias canções de Bob Dylan, bem como uma entrevista que concedeu em 2004 e ainda outros link´s onde se pode conhecer o mundo de Dylan. Enquanto dele se escreve, ele continua a dar concertos e a escrever diariamente, um hábito que guarda desde há muito tempo.
http://elpais.com/diario/2004/05/01/babelia/1083366381_850215.html?rel=mas
http://cultura.elpais.com/cultura/2016/10/13/actualidad/1476381455_398709.html
http://observador.pt/especiais/bob-dylan-esta-do-lado-certo-da-historia/
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ACONTECE, ACONTECEU OU VAI ACONTECER
Ciclo de cinema no CCB - Lisboa
Próximos filmes: 18 março O LEOPARDO Luchino Visconti (1963)
14 abril OS DEZ MANDAMENTOS Cecil B. DeMille (1956)______________________________________________________________________
Carlos Paredes - Evocação e Festa da Amizade
Esta evocação realiza-se no dia 19 de Fevereiro, pelas 15 horas, na Salão d' A Voz do Operário, em Lisboa e é organizado pela Associação Conquistas da Revolução.
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Tertúlias em Ciência
Céu e Mar "Making of", acontece no dia 15 de fevereiro, pelas 17 horas (C4.piso3).
Esta sessão promovida pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, tem a responsabilidade organizativa de Pedro Ré.
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Vanguardas e neovanguardas na arte portuguesa - Séculos XX e XXI. esta é a nova exposição que está patente de terça a domingo no museu nacional de arte contemporânea, em lisboa.
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XXI Exposição de Pintura e Escultura
Esta exposição que mostra obras de vários artistas de arte contemporânea portugueses vai decorrer no Clubhouse do Golfe, nos dias 11, 12 e 18 e 19 de Fevereiro, aos sábados e domingos, das 12h00 às 20h00. A organização está a cabo do Belas Clube de Campo, do Banco Populare a daPrivate Gallery .
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quinta-feira, 31 de março de 2016
brasil de hoje faz lembrar brasil de 1964
quarta-feira, 30 de março de 2016
10 coisas que o Brasil inteiro precisa saber
marsuilta apresenta aqui as 10 razões que igor fuser diz a todos os brasileiros e a todo o mundo precisar de conhecer : "É preciso avisar todos os brasileiros, informar de um modo tão claro e objetivo que até as carrancas do Rio São Francisco tenham conhecimento de que:
foto de lula marques
ver original da notícia em: http://www.alainet.org/es/node/176329
O texto incorpora trechos de artigos de Jeferson Miola e de Fabio Garrido. Igor Fuser é professor de relações internacionais na Universidade Federal do ABC (UFABC).
sábado, 26 de março de 2016
entrevista de noam chomsky
noam chomsky deu uma entrevista ao site truthout e abordou as próximas eleições nos estados unidos, que considera decisivas e de uma importância enorme. chomsky diz ainda que "não podemos ignorar que chegamos a um momento único na história da humanidade". marsuilta dá a conhecer esta entrevista muito oportuna, que saiu no blog português odiario.info.
Noam Chomsky: Não podemos ignorar que chegamos a um momento único na história da humanidade. Pela primeira vez há que tomar decisões imediatas que, literalmente, determinarão as possibilidades de uma sobrevivência humana decente num futuro não distante.
Noam Chomsky: Se os Estados Unidos enfrentam uma «decadência nacional» é auto-infligida. É certo que provavelmente os Estados Unidos não podem manter o poder extraordinariamente hegemónico do período imediatamente posterior à Segunda Guerra Mundial, mas continuam a ser o país potencialmente mais rico do mundo, com uma vantagen e uma segurança incomparáveis – a nível militar quase iguala o resto do mundo, além de ser muito mais avançado tecnologicamente que qualquer rival.
terça-feira, 22 de março de 2016
emails de hillary clinton revelam verdadeiras intenções dos eua na líbia
o correio electrónico da agora candidata a presidente dos eua, hillary clinton, veio mostrar as verdadeiras intenções dos eua na intervenção na líbia, que não passaram, como na altura tanto se propagandeou, pela protecção do povo líbio de um ditador e por razões humanitárias, mas sim interesses à volta do dinheiro, poder e petróleo. o artigo de ellen brown, advogada e fundadora do Public Banking Institute, tendo escrito livros que analisam a solução da banca pública.
Traducido por Paco Muñoz de Bustillo.
Pero la vuelta al ruedo fue prematura, según opinan Scott Shane y Jo Becker en el New York Times. El Departamento de Estado de EE.UU. relegó a Libia a un segundo plano “mientras el país se desintegraba en un caos que desembocaría en una guerra civil cuyas consecuencias fueron la desestabilización de la región, lo que alimentó la crisis de refugiados en Europa y permitió que el Estado Islámico estableciera una base segura en el país, que Estados Unidos ahora intenta desesperadamente contener”.
EE.UU. y la OTAN justificaron su intervención por razones humanitarias cuando se conocieron informes de atrocidades masivas; pero las organizaciones de derechos humanos cuestionaron estas afirmaciones tras averiguar la falta de evidencias. Sin embargo, en la actualidad sí que están teniendo lugar atrocidades verificables. En palabras de Dan Kovalik en el Huffinton Post, “la situación de los derechos humanos en Libia es desastrosa y miles de detenidos [incluyendo niños] se pudren en cárceles sin ser sometidos a un proceso judicial […] Los secuestros y asesinatos planificados están fuera de control”.
Antes de 2011, Libia había conseguido la independencia económica, contaba con su propia agua, su propia alimentación, su propio petróleo, su propio dinero y su propio banco estatal. Con Gadafi, había dejado de ser uno de los países más pobres para convertirse en el más rico de África. La educación y los tratamientos médicos eran gratuitos; la vivienda se consideraba parte de los derechos humanos y los libios participaban en un original sistema de democracia local. El país se jactaba de tener el sistema de irrigación más grande del mundo, el proyecto del Gran Río Artificial, que trasportaba agua desde el desierto a las ciudades y las zonas costeras; Gadafi estaba embarcado en un programa para extender este modelo por toda África.
Pero eso fue antes de que las fuerzas de EE.UU. y la OTAN bombardearan el sistema de irrigación y crearan el caos en el país. Hoy en día, la situación es tan desesperada que el presidente Obama ha pedido a sus asesores que le presenten opciones, incluyendo un nuevo ataque militar, y parece que el departamento de defensa está listo para llevar a cabo “cualquier tipo de operación militar que se precise“.
Es evidente que la “vuelta al ruedo” de la secretaria de Estado fue prematura, si consideramos que, oficialmente, la intervención se hizo por motivos humanitarios. Pero sus correos electrónicos recientemente desvelados muestran otros objetivos ocultos detrás de la guerra de Libia, y parece que estos sí se consiguieron.
¿Misión cumplida?
Un tercio de los 3.000 correos electrónicos del servidor privado de Hillary Clinton que vieron la luz a finales de diciembre de 2015 proceden de su asesor de confianza Sidney Blumenthal, el abogado que defendió a su marido en el caso de Mónica Lewinsky. Uno de ellos, datado el 2 de abril de 2011, dice entre otras cosas:
“El gobierno de Gadafi guarda 143 toneladas de oro y una cantidad similar de plata… Este oro fue acumulado con anterioridad a la rebelión en curso y pensaba utilizarse para establecer una moneda panafricana basada en el dinar libio. El plan tenía como objetivo proporcionar a los países africanos francófonos una alternativa al franco CFA 1 .
En un “comentario de fuente”, el correo electrónico desclasificado añade:
“Según algunos expertos, estas cantidades de oro y plata están valoradas en más de 7.000 millones de dólares. Agentes de inteligencia franceses descubrieron este plan poco después de que se iniciara al actual levantamiento, y ese fue uno de los factores que influyeron la decisión del presidente francés Nicolás Sarkozy de involucrar a Francia en el ataque a Libia. Según estos expertos, los planes de Sarkozy estaban motivados por el deseo de:
1- Conseguir una cuota mayor de la producción petrolera libia.
2- Aumentar la influencia francesa en el norte de África.
3- Mejorar la situación política interna en Francia.
4- Proporcionar al ejército francés la oportunidad de reafirmar su posición en el mundo.
5- Abordar las preocupaciones de sus asesores sobre los planes de Gadafi de suplantar a Francia como potencia dominante en el África francófona.”
Tal y como puede observarse, no existe mención alguna a preocupaciones humanitarias. Los objetivos son dinero, poder y petróleo.
El periodista de investigación Robert Parry proporciona más detalles explosivos de los correos recién publicados. Entre ellos, la admisión de crímenes de guerra cometidos por los rebeldes, la presencia de asesores estadounidenses de operaciones especiales en Libia casi desde el comienzo de las protestas y la existencia de grupos de Al-Qaeda dentro de la oposición respaldada por EE.UU. Se reconoce que la propaganda que justificó la intervención violenta se basó en meros rumores. Parry sugiere que, en un principio, pudieron haber sido creados por el propio Blumenthal. Entre estos asuntos estaría la extraña afirmación de que Gadafi contaba con una “policía violadora” relacionada con el reparto de Viagra entre sus tropas, una acusación planteada posteriormente por la embajadora de EE.UU., Susan Rice, ante la ONU. Parry pregunta retóricamente:
“¿Creen ustedes que para la administración Obama habría sido más fácil conseguir que el público apoyara este “cambio de régimen” explicando que los franceses querían saquear la riqueza libia y mantener la influencia neocolonial francesa en África, o que los estadounidenses responderían mejor si la propaganda difundía que Gadafi estaba distribuyendo Viagra entre sus tropas para que pudieran violar a más mujeres mientras sus francotiradores mataban a más niños inocentes? ¡Bingo!”
El derrumbe del sistema financiero global
Los intereses occidentales no se tomaron a la ligera la iniciativa de Gadafi de establecer una moneda africana independiente. Sarkozy afirmó en 2011 que el líder libio suponía una amenaza para la seguridad financiera en el mundo. ¿Cómo podría ese diminuto país de 6 millones de habitantes constituir tamaña amenaza? Vamos a situarlo dentro de contexto.
En las economías occidentales, son los bancos y no los gobiernos los que crean la mayor parte del dinero, como recientemente reconoció el Bank of England. Esto ha ocurrido así desde hace siglos, mediante el proceso conocido como préstamos sobre la “reserva fraccional”. En su origen, estas reservas eran en oro. Pero en 1933, el presidente de EE.UU. Franklin Roosvelt sustituyó a nivel interno el oro por reservas creadas por el banco central, aunque el oro continuó siendo la reserva de moneda a escala internacional.
El 1944, se crearon el Fondo Monetario Internacional y el Banco Mundial en Bretton Woods, New Hampshire, para unificar a escala global este sistema de dinero creado por los bancos. Una regla del FMI afirmaba que ningún dinero en papel podía tener respaldo en oro. El suministro de dinero creado de forma privada mediante las deudas que generan un interés exige la existencia de una incorporación continua de deudores y a lo largo del siguiente medio siglo la mayor parte de los países en vías de desarrollo acabaron endeudados con el FMI. Los préstamos estaban vinculados a determinados requisitos, entre los que se encontraban la implantación de programas de “ajuste estructural” que implicaban medidas de austeridad y la privatización de activos públicos.
Después de 1944, el dólar estadounidense se equiparó al oro pudiendo usarse ambos indistintamente como reserva de moneda global. En la década de los setenta, cuando ya no fue capaz de mantener el respaldo en oro para el dólar, Estados Unidos hizo un trato con la OPEP (Organización de Países Exportadores de Petróleo) para “respaldar” el dólar con petróleo, dando lugar al “petrodólar”. El petróleo se vendería exclusivamente en dólares estadounidenses, que se depositarían en Wall Street y otros bancos internacionales.
En 2011, descontento con la reducción del valor de los dólares que la OPEP obtenía por su petróleo, el Irak de Saddam Hussein rompió el pacto y empezó a vender petróleo en euros. Al poco tiempo se produjo el cambio de régimen, acompañado por la destrucción generalizada del país.
También en Libia, Gadafi rompió el pacto. Pero él no se limitó a vender su petróleo en otra moneda. Todos estos acontecimientos son explicados en detalle por el bloguero Denise Rhyne:
“Durante décadas, Libia y algunos países africanos han intentado crear un patrón oro panafricano. Gadafi y otros jefes de Estado deseaban una “moneda fuerte” independiente y panafricana.
Bajo el liderazgo de Gadafi, las naciones africanas se han reunido al menos en dos ocasiones para buscar esa unificación monetaria. Los países debatieron la posibilidad de utilizar el dinar libio y el dírham de plata como las únicas monedas posibles para comprar petróleo africano.
Hasta la reciente invasión de EE.UU. y la OTAN, el Banco Central de Libia (BCL) emitía la moneda del país. Este banco era independiente y pertenecía en su totalidad al Estado. Todos los extranjeros tenían que utilizarlo para hacer negocios con Libia. El BCL emitía dinares utilizando las 143,8 toneladas de oro del país.
Gadafi (que presidió la Unión Africana en 2009) ideó y financió un plan para unificar los Estados soberanos de África con una moneda basada en el patrón oro (los Estados Unidos de África). En 2004, el Parlamento Panafricano (que congregaba a 53 naciones) estableció los planes tendentes a crear la Comunidad Económica Africana, que tendría una sola moneda-oro en 2023.
Las naciones africanas productoras de petróleo planeaban abandonar el petrodólar y exigir el pago en oro para su petróleo y su gas”.
segunda-feira, 21 de março de 2016
dia mundial da poesia
"a poesia está em todos os lugares onde estamos, como uma sombra do que vemos, pensamos, dizemos, somos". quem o escreveu foi o escritor josé luís peixoto, na mensagem que deixou para a homenagem ao poeta josé régio, num manifesto intitulado A palavra feita de palavras. Poesia em Régio - que será lida no grande auditório do centro de artes e espetáculo, em portalegre, pelo ator rui mendes . marsuilta deixa aqui um primeiro poema, precisamente de josé régio e ao longo do dia, outros serão também partilhados.
martahluís 2014
Portugal
linda vista para o mar,
Minho verde, Algarve de cal,
jerico rapando o espinhaço da terra,
surdo e miudinho,
moinho a braços com um vento
testarudo, mas embolado e, afinal, amigo,
se fosses só o sal, o sol, o sul,
o ladino pardal,
o manso boi coloquial,
a rechinante sardinha,
a desancada varina,
o plumitivo ladrilhado de lindos adjectivos,
a muda queixa amendoada
duns olhos pestanítidos,
se fosses só a cegarrega do estio, dos estilos,
o ferrugento cão asmático das praias,
o grilo engaiolado, a grila no lábio,
o calendário na parede, o emblema na lapela,
ó Portugal, se fosses só três sílabas
de plástico, que era mais barato!
*
Doceiras de Amarante, barristas de Barcelos,
rendeiras de Viana, toureiros da Golegã,
não há «papo-de-anjo» que seja o meu derriço,
galo que cante a cores na minha prateleira,
alvura arrendada para o meu devaneio,
bandarilha que possa enfeitar-me o cachaço.
Portugal: questão que eu tenho comigo mesmo,
golpe até ao osso, fome sem entretém,
perdigueiro marrado e sem narizes, sem perdizes,
rocim engraxado,
feira cabisbaixa,
meu remorso,
meu remorso de todos nós...
Alexandre O'Neill, in 'Feira Cabisbaixa'
Frotas, pendões ao vento sobranceiros,
Lindos versos de antigos romanceiros,
Céus do Oriente, em brasa, como beijos,
Passam no teu olhar mundos inteiros,
Todo um povo de heróis e marinheiros,
Lanças nuas em rútilos lampejos;
Passa a Índia, a visão do Infante em Sagres,
Em centelhas de crença e de certeza!
Amor, julgo trazer dentro de mim
Um pedaço da terra portuguesa!
Liberdade
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
Sol doira
Sem literatura
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como o tempo não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto é melhor, quanto há bruma,
Esperar por D.Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
Mais que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...
Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"
Declamei,
Atirei frases em volta.
Cego de angústia e de revolta.
Foi em meu nome que fiz,
A carvão, a sangue, a giz,
Sátiras e epigramas nas paredes
Que não vi serem necessárias e vós vedes.
sábado, 19 de março de 2016
o brasil encheu-se com manifestações em prol da democracia
em todo o país foram milhões os brasileiros que saíram à rua para exigirem o restabelecimento da democracia depois de terem assistido a várias actos ilegais que mais fizeram lembrar o tempo do fascismo. marsuilta deixa aqui a reportagem do que foram as manifestações por todo o brasil que em uníssono gritou contra o golpe!
21h - Curitiba, PR"Um, dois, três, Moro no xadrez", cantavam os manifestantes em Curitiba. Os organizadores do ato pró-Dilma na cidade estimam em 20 mil o número de manifestantes. A PM, no entanto, afirma que 5 mil pessoas participaram da atividade.
20h56 - Teresina, PI
“Tem muita gente defendendo a política de ódio e intolerância e estamos aqui defendendo a democracia. Não vamos aceitar golpe. Se alguém quiser assumir o poder do país tem de ser pela Constituição, pela vontade do povo. Quem quiser ganhar a eleição de senador, governador, presidente da República tem de ser no voto, na vontade do povo”, disse o governador Wellington Dias (PI), durante ato em defesa da democracia. A manifestação reuniu 5 mil pessoas, segundo estimativas da organização e da Polícia Militar.
20h49 - Brasília, DF
Os manifestantes que participam de ato contra o golpe e em solidariedade ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ocuparam todas as faixas do Eixo Monumental, na Esplanada dos Ministérios, no centro de Brasília.
Com gritos de ordem e críticas ao juiz Sérgio Moro, aos partidos de oposição e ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), os manifestantes marcham em direção ao Congresso Nacional.
Muitos já estão no gramado em frente à sede do Legislativo. Antes, por cerca de duas horas, eles ficaram concentrados em frente ao Museu da República, onde foi projetada a frase "Não vai ter golpe!!!". A máquina de laser usada para a projeção estava em um carro de som. À medida que o carro andava, a frase ia sendo projetada em outros prédios da Esplanada.
20h45 - Florianópolis, SCCerca de cinco mil pessoas, de acordo com a PM, ocupavam a Avenida Paulo Fontes, em Florianópolis. Organizadores do ato pró-democracia calcularam sete mil pessoas.
20h43 - Vitória, ESManifestantes se concentraram em frente à Rede Gazeta, afiliada da Rede Globo, em Vitória , durante ato a favor da democracia e contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. A imagem abaixo foi enviada pelo internauta Felipe Machado Cardoso para o UOL Notícias.
20h37 - São Paulo
Por volta das 19h50, o ex-presidente Lula encerrou o seu discurso: "Talvez vocês não tenham noção do bem que vocês fizeram para a democracia brasileira. A melhor coisa que o Brasil produziu é a sua gente. Não aceitem provocação ao voltar para a casa. Quem quiser ficar com raiva que morda o próprio dedo. Nós não vamos aceitar provocação."
20h25 - Curitiba, PR
Manifestantes se concentraram na praça Santos Andrade, no Centro de Curitiba, no final da tarde desta sexta-feira (18). Batizado de #VemPraDemocracia, o ato reunia, no início da noite, segundo a Polícia Militar, cerca de 3,5 mil pessoas estão no local. Os organizadores do evento, porém, estimam 15 mil manifestantes.
Além de se mobilizarem em favor do Governo Federal, os participantes também protestavam contra as decisões do juiz federal Sérgio Moro, que recentemente tornou pública as conversas por telefone da presidente Dilma Rousseff e de Lula, que haviam sido grampeadas. O mote principal do ato é o "Não vai ter golpe".
Também nesta sexta, houve ato em Curitiba contra o Governo Federal e em favor da Lava Jato e do juiz Sergio Moro. Este, contudo, reuniu cerca de 30 pessoas em frente à sede da Justiça Federal. As informações são do BemParaná.
20h20 - Natal, RNEm Natal, organizadores estimam que cerca de 30 mil pessoas participaram do ato pela democracia. Já a Secretaria de Segurança Pública divulgou que foram 17 mil pessoas nas ruas.
20h15 - Rio de Janeiro, RJ
A Praça XV no Rio de Janeiro está completamente lotada com shows e intervenções em defesa da democracia. Organizadores estimam que cerca de 50 mil pessoas participam do ato.
20h09 - Recife, PE
De acordo com o Diario de Pernambuco, organizadores apontam que o ato convocado pela Frente Popular nesta sexta-feira reuniu cerca de 200 mil pessoas. O grupo saiu em caminhada de três quilômetros do Derby até a Praça da Independência, no bairro da Boa Vista. A manifestação ocorreu em clima tranquilo, e não foram registrados incidentes.
O grupo exibiu bandeiras em defesa a programas sociais do PT e também de críticas ao juiz federal Sérgio Moro. Em alguns momentos, os manifestantes receberam apoio de moradores do local, que chegaram a jogar papel picado e a aplaudir a movimentação.
Para um dos fundadores do Movimento Mangue Beat, Fred 04, a solução é ocupar as ruas. "O mais irritante são os meios de comunicação quando ficam indignados quando dizem que não vai ter golpe. Não vai ter golpe mesmo. Acho que é continuar na rua, a máscara do golpe na Justiça, Ministério Público, no Congresso, na mídia, caiu. Então a única arma que resta para os democratas, pra quem defende a democracia é ir pra rua", argumenta.
sexta-feira, 18 de março de 2016
dia mundial do sono: apenas 1/3 da população mundial tem uma boa noite
comemora-se no dia 18 de março o dia mundial do sono e marsuilta, por conhecer a importância do sono na saúde dos indivíduos faz aqui referência à data. este ano o lema é: uma boa noite de sono é um sonho acessível, só que esta é uma realidade apenas para 1/3 da população mundial, que deste modo vê assim a sua qualidade de vida deteriorar-se.
quarta-feira, 16 de março de 2016
As razões de Lula
Foi das decisões mais difíceis da já longa carreira política do ex-presidente Lula. Ele oscilou várias vezes, mas sua preocupação sempre esteve voltada para o governo da presidente Dilma Rousseff e nunca para as acusações sobre ele. Estas entravam em sua linha de raciocínio somente no sentido de saber como seria a circunstância de estar com um pedido de prisão preventiva e ser nomeado ministro. leia o artigo de opinião de Emir Sader, sociólogo e cientista político brasileiro.
foto:Ricardo Stuckert/ Instituto Lula
segunda-feira, 14 de março de 2016
argentina: estudo revela perda da capacidade de compra na população mais pobre
a investigação realizada pelo o centro de inovação dos trabalhadores explica que a perda de compra verificado em 10% da população pobre da argentina nos últimos quatro meses é provocado pelo aumento do preço da alimentação, bebidas, alugueres de habitação e luz eléctrica. os resultados desta investigação explicam como os processos inflacionários afectam de manera assimétrica os distintos grupos populacionais segundo a dinâmica dos preços relativos.
http://www.pagina12.com.ar/diario/economia/2-294503-2016-03-14.HTML
Los que menos tienen son los que más perdieron
quarta-feira, 9 de março de 2016
ainda o dia internacional da mulher
Esta data convida-nos primeiro que tudo a saudar com particular realce todas as mulheres. deve convidar-nos também, mulheres e homens, a uma reflexão séria no sentido de tomarmos consciência que o 8 de março não é uma data em que fica bem saudar as mulheres e lembrar apenas que este é o seu dia, como de uma banalidade se tratasse.
segunda-feira, 7 de março de 2016
hondurenha berta cáceres assassinada.onde chega a indignidade?
berta cáceres, foi membro da etnia lenca e uma das fundadoras do conselho cívico de organizações populares e indígenas das honduras (COPINH) em 1993. por ser defensora e ter lutado toda a sua vida contra a exploração dos bens comuns da natureza e em defesa do povo lenca foi vil e cobardemente assassinada. berta cáceres encabeçou resistências contra projectos de grandes empresas minerais e energéticas e em 2009 foi duramente contra o golpe militar que restituiu o governo aos poderes económicos e ao poder de famílias tradicionais. o seu assassinato acabou com a vida desta mulher, digna e lutadora exemplar, mas não calará jamais os motivos da sua luta: defensa da vida, dos territórios e contra o sistema de exploração e roubo que acontece em muitos pontos do planeta. o seu assassinato acontece numa altura em que estava embrenhada (e o povo lenca) na luta contra a instalação do projecto hidroeléctrico Água Zarca no rio Gualcarque da responsabilidade da empresa DESA. esta é uma luta não só contra os ataques ambientais, mas também uma luta contra o sistema capitalista, o racismo e o patriarcado. enquanto aqueles persistirem a luta de berta cáceres não morrerá, e para o povo hondurenho ela está mais viva que nunca. refira-se ainda que em 2014 tomás garcía, parceiro de berta cárceres na liderança do copinh foi morto a tiro por um militar no decorrer de um protesto. de 2010 a 2014 foram mais de 100 os activistas mortos nas Honduras.
marsuilta deixa aqui duas crónicas imprescindíveis pela sua emoção e pelo testemunho que prestam à luta do povo lenca, que era a luta também de berta cáceres:http://www.alainet.org/es/articulo/175826; http://www.alainet.org/es/articulo/175824
e também a entrevista que berta cáceres deu ao jornal guardian em 2013:
berta cáceres. Foto Giorgio Trucchi
Luchadora incansable
Berta , miembro de la etnia lenca, fue una de las fundadoras del Consejo Cívico de Organizaciones Populares e Indígenas de Honduras (COPINH) en 1993. Encabezó movilizaciones contra proyectos de grandes empresas mineras y energéticas, y también las que en el 2009 rechazaron el golpe militar que restituyó el gobierno a los poderes económicos, como en otros países de la región, en manos de familias tradicionales.
Berta Cáceres, madre de cuatro hijos, había denunciado reiteradamente haber recibido amenazas. En julio del año pasado, dijo en una entrevista que esas amenazas le daban más fuerza para seguir luchando. Pero el régimen de la oligarquía hondureña no admite ni siquiera la defensa del agua y de la tierra. Esa era la lucha de Berta en el occidente del país, por ejemplo, contra los grandes proyectos hidroeléctricos que ponían en riesgo los recursos naturales de los pobladores.
Otro asesinato por encargo
Berta fue asesinada en su vivienda en La Esperanza, ciudad del departamento de Intibucá. La primera versión oficial fue señalar que se trató de un intento de robo. Es lo que hace y dice habitualmente la policía hondureña para que esa muerte se sume burocráticamente a las numerosas que se producen al dia, consecuencia de una de las criminalidades más altas de América Latina.
Los testigos señalan que dos sicarios forzaron la vivienda a la una de la madrugada y asesinaron a tiros a la dirigente indígena. El habitual procedimiento de asesinato por encargo contra los luchadores sociales hondureños.
“Es una responsabilidad de ustedes”
El hermano de Berta, no tiene dudas. Pidió al presidente Juan Orlando Hernández, al ministro de seguridad y al fiscal general del estado que investiguen como corresponde, que el crimen no quede impune. “Es una responsabilidad de ustedes que mi hermana sea una estadística más de un vil asesinato”, indicó.
“Mi hermana nunca se escondió, nunca anduvo con un arma, mi hermana solo expresaba la verdad y dolor de los pueblos indígenas quienes han sido sometidos por mucho tiempo”, añadió. “Ella defendía la riqueza indígena, los árboles, aves, el agua, el derecho para que la gente tuviera un vaso, un plato con comida, calzado, etc. Su única arma era su voz”.
Ganó luchas desiguales
Berta, con su lucha constante había conseguido que la empresa estatal china Sinohydro, la más grande constructora de represas en el mundo, diera marcha atrás en un proyecto. La campaña emprendida por Cáceres logró que el constructor más grande de represas a nivel mundial, la compañía de propiedad estatal china Sinohydro y un organismo ligado al Banco Mundial, retiraran su participación en el proyecto hidroeléctrico.
El asesinato se produce en la misma semana en que la ONG Global Witness de Londres denunciaba que Honduras es el país más peligroso del mundo para los defensores del medio ambiente. De los 116 asesinatos de ambientalistas que se registraron el año pasado en todo el mundo, casi tres cuartas partes se produjeron en América Latina, en especial en Honduras, Brasil, México y Perú.
Ahora vendrán las palabras solemnes de los gobernantes de turno, de los capataces de los poderes económicos. Lamentos hipócritas, promesas que no cumplirán y luego el olvido. Pero la memoria del pueblo sigue registrando el horror de sus verdugos. Y forjando nuevas resistencias, luchando como lo vienen haciendo todos estos años de represión, por un tiempo de justicia, de igualdad, de libertad y soberanía recuperada.
Nota de SERPAL: en estos años hemos seguido con rigor la información sobre la lucha del pueblo hondureño. A quienes les interese, pueden ver en www.serpal.info nuestro envío 479, del 17 de mayo del 2014: “Honduras, cambian los gobiernos pero sigue la inequidad, la represión y la impunidad.
En la misma página, buscando en Indice Noticias Serpal también pueden acceder en el año 2009 a los envíos SERPAL 396,397,398, 399, 400, 404 y 412 que resumen en sus crónicas la trama de control político y social y de la represión ejercida contra el pueblo hondureño.
artigo escrito por Carlos Iaquinandi Castro, Redacción de SERPAL
veja também o protesto que centenas de estudantes da universidade das honduras realizaram contra o assassinato de berta cáceres: http://pt.euronews.com/2016/03/04/honduras-estudantes-protestam-contra-o-assassinato-de-berta-caceres/
sexta-feira, 4 de março de 2016
tratado transpacífico envolvendo os eua e mais 11 países já foi assinado
enquanto no dia 4 de fevereiro os estados unidos assinaram com mais 11 países ( canadá, méxico, chile, Jjpão, vietname, austrália, nova zelândia, brunei, singapura e perú) o tratado transpacífico, com a china a ficar de fora, outros tratados aprestam-se também para seguirem em frente, entre eles o tratado com a europa. se este já assinado já abrange 40% da economia mundial, os restantes que estão a ser negociados à margens das populações e também dos próprios governos eleitos, irão chegar a toda a economia mundial. esta não por isso uma boa notícia para os trabalhadores, minorias, povos indígenas, pequenos agricultores, consumidores e para o próprio planeta. Um dos maiores perigos deste tratado e dos restantes que sub-repticiamente estão a ser congeminados com os eua, é que as empresas transnacionais ficam com o poder de anular leis nacionais, legislaturas governativas. um bom exemplo é o que acontece já em el salvador . aqui os protestos levaram ao cancelamento de um projecto de mineração de ouro canadiano. este projecto causava danos no abastecimento de água aos pequenos agricultores. a empresa canadense, pacific rim, processou el salvador sob os termos do acordo de livre comércio américa central-república dominicana. marsuilta faculta um artigo que explana alguns dos perigos destes projectos.
CP USA: New trade agreements: Potential for great harm or transnational unity